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Conheça, Previna e Eduque: A AIDS não tem Preconceito.

Por: Dr. Edgar Luna

 

Trinta anos já passaram desde que o dia 5 de Junho de 1981 foram confirmados os primeiros casos de AIDS no mundo, quando 5 jovens homossexuais em Los Angeles foram diagnosticados de uma pneumonia rara nessa época, causada por um fungo chamado Pneumocystis carinii.

Leia mais: The 30 years war.

Desde então, os avanços no tratamento antirretroviral da doença foram muitos, porém ainda o homem não foi capaz de achar uma cura, e o sonho de uma vacina que possa prevenir a infecção pelo vírus HIV ainda está longe. A AIDS já matou cerca de 30 milhões de pessoas no mundo todo nesse período.

Segundo o relatório publicado nesta quarta-feira (30) por várias agências da Organização das Nações Unidas, há atualmente cerca de 39,5 milhões de pessoas vivendo com o virus, sendo que 4,3 milhões foram infectadas neste ano.

As boas notícias são que as mortes por AIDS caíram 22% nos últimos cinco anos, período no qual o número de pessoas infectadas com o vírus HIV caiu 15% no mundo. Na América Latina, o tratamento já chega a 60% dos pacientes e na África 40% dos contaminados têm acesso a ele. E o custo direto dos primeiros tratamentos com coquetéis que no começo da descoberta era entre US$ 12 mil e US$ 15 mil por pessoa ao ano, hoje caiu para U$ 140 anualmente por pessoa na África.

Com tudo, lembre-se que o mais importante para combater a AIDS e sua transmissão é CONHECER, PREVENIR  E EDUCAR.

Abrace essa ideia e compartilhe!

Leia: Guia rápido para Conhecer a AIDS e a Transmissão do HIV

Você criaria um Vídeo Viral para seu Hospital?

Por: Dr. Edgar Luna

Vídeos virais se tornaram muito populares nos dias de hoje, mas ainda, a grande maioria das organizações de saúde não abraçaram essa ideia.

Os vídeos virais, em geral, têm provado ser uma excelente ferramenta de marketing em outros setores. Talvez a campanha de vídeo viral mais conhecida nesse ano é “Pôneis Malditos” da Nissan, o vídeo tem mais de 13,5 milhões de acessos, a  campanha já conquistou 8 prêmios, incluindo o Prêmio Marketing  Best, organizado pela Editora Referência e a montadora teve um crescimento de 81% nas suas vendas depois da campanha.

Na área da saúde, os vídeos virais podem ser uma ótima maneira para que as instituições possam sensibilizar a população, sobretudo em campanhas que afetam à comunidade.

Certamente um vídeo viral rompe o esquema do tradicional e da seriedade que as organizações de saúde representam, porém podem transmitir alegria, preocupação, comprometimento, dedicação, e porque não, competência. Tudo depende de acreditar realmente na ideia e criar a melhor campanha para o perfil do seu hospital.

Luzes, Câmera, Ação! Os vídeos virais são uma grande ferramenta de marketing para os hospitais.

Pink Glove Dance – Um Exemplo

A campanha criada pelo Providence St. Vincent Medical Center em Oregon foi dirigida à conscientização do Câncer de Mama, e logo se transformou em uma corrente que se espalhou por todo o território americano, promovendo até um concurso de dança e criatividade entre os hospitais.

O vídeo viral da campanha tem mais de 13 milhões de acessos e não só ajudou na captação de recursos humanos e financeiros para o hospital, também ajudou na conscientização das pessoas sobre a doença, trouxe repercussão mais do que positiva na mídia para todos os hospitais participantes do concurso e o mais importante, fez com a pessoas valorizassem mais o esforço e a dedicação dos profissionais de saúde para a comunidade.

Outro ponto positivo da campanha foi fazer com que os próprios funcionários acreditassem na ideia, espalhassem rapidamente seu trabalho nas redes sociais e sentissem orgulho da sua profissão, do seu trabalho e da sua organização.

E agora, você abraçaria essa ideia? Assista o vídeo da campanha enquanto tenta enxengar seus colegas nele.

Por que os Hospitais devem instituir os Cuidados Centrados no Paciente?

Por: Dr. Edgar Luna

O conceito de Cuidados Centrados no Paciente (do inglês Patient-Centered Care) dado pelo Institute for Heath Care Improvement (IHI) diz que as tradições culturais, preferências e valores pessoais dos pacientes, assim como sua família, e seu estilo de vida, devem ser incluídos nos seus cuidados de saúde.

Fazer com que o paciente e seus entes queridos formem parte da equipe hospitalar, garante que os laços entre os profissionais, departamentos e instituições de saúde sejam respeitosos, coordenados e eficientes. Quando os cuidados são centrados no paciente, serviços desnecessários e indesejados podem ser reduzidos.

Leia mais: Patient-Centered Care

Tendo em consideração esse conceito de gestão, apresento 3 razões pelas quais os hospitais e os médicos devem levar a sério os “Cuidados Centrados no Paciente”.

1. Os pacientes cada vez mais percebem que seus médicos e os hospitais não são tão bons como deveriam ser.

Todos os dias vemos nos jornais ou escutamos de alguém uma nova história de erro médico, que acaba cada vez mais com a confiança no sistema de saúde. O Dr. Fulano do Hospital XYZ amputou o membro errado de um paciente, a enfermeira Tal, trocou o medicamento e o paciente morreu, houve negligencia no atendimento e o paciente não resistiu quando era levado para outro hospital, e assim por diante.

Não se enganem, esses erros sempre existiram! A grande diferença e que no passado, o médico era considerado um Deus, o paciente acreditava em tudo o que ele falava, havia falta de informação e o grande corporativismo dos profissionais, conseguiam ocultar e enterrar grande parte desses erros sem serem descobertos, e ainda o paciente ou os familiares diziam “Obrigado Dr.”

2. Os Cuidados Centrados no Paciente é o melhor caminho a seguir e não é tão difícil.

A maioria deve concordar que os cuidados no atual sistema de saúde são dados desde a perspectiva da instituição e dos profissionais de saúde, quer dizer, pensando na qualificação técnica dos recursos humanos, nos equipamentos de ponta, na infraestrutura, etc. (não falo que não sejam importantes), porém os Cuidados Centrados no Paciente permitem enxergar essas mesmas questões, desde outra perspectiva, de pessoas que avaliam tudo isso de forma subjetiva.

O paciente não diz para seus familiares e amigos “fui diagnosticado com um aparelho de Ressonância Magnética, de última geração, trazido dos EUA que custou R$ 2,5 milhões, o técnico que me atendeu tinha pós-graduação na USP e o doutor uma expertise excelente para ler as imagens”. Ele diz tudo isso da seguinte forma, a sala de imagens era bonita, estava limpa e o aparelho impressionante, o doutor (mesmo sendo técnico já foi promovido) foi tão amável e me entregaram o resultado na hora!

3. O hospital que começar a praticar os Cuidados Centrados no Paciente se destacará do resto.

Os Cuidados Centrados no Paciente envolvem os próprios  pacientes no planejamento, na execução e na avaliação dos cuidados de saúde da organização. É como fazer uma pesquisa de mercado e em seguida implementar os resultados.

Centrar os cuidados no paciente não significa dar o controle a eles, simplesmente é convidá-los a participar da sua própria recuperação. Se os pacientes sentem que são tratados como o membro mais importante da sua equipe de cuidados de saúde, haverá maior aderência, irão contribuir melhor para o sucesso do seu processo, e como resultado positivo, redução de custos e menos reinternações.