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Entenda por que a GE e a Microsoft se uniram na área da Saúde.

Por: Dr. Edgar Luna.

Qualquer discussão sobre tentar melhorar os cuidados com a saúde e reduzir custos na área, rapidamente se transforma em um grande desafio. Afinal, não é o tipo de negócio que qualquer um gostaria de enfrentar.

Por isso, duas gigantes, a General Electric e a Microsoft, anunciaram  na quinta-feira 7, a criação de uma joint venture para assumir esse desafio e resgatar à saúde. “Esse setor precisa de uma plataforma Windows-like”, disse Peter Neupert, o chefe de soluções em saúde da Microsoft.

Seu comentário já transmite a intenção de dominar a área da saúde com um sistema operacional que padronizará muitas das tarefas, processos e execuções de todo um hospital, que hoje fazem vários softwares. Ou seja, criarão uma “plataforma única”, para que depois os desenvolvedores possam focar seus esforços no seguinte nível, o desenvolvimento de aplicativos.

A joint venture GE – Microsoft , ainda sem nome, pretende desenvolver um sistema para tornar mais fácil o monitoramento e gerenciamento da saúde dos pacientes, não só individualmente, mas também de populações inteiras de pacientes com condições crônicas como doenças cardíacas e diabetes.

Michael J. Simpson, executivo da GE que será presidente da nova empresa, disse que espera lançar a base para que aconteça uma revolução no desenvolvimento de aplicativos na área da saúde e assim enfrentar os custos crescentes e melhorar a qualidade na assistência. “É a comunidade de desenvolvedores que vai resolver esses problemas”.

Essa é uma grande aposta que as duas empresas estão fazendo inicialmente nos principais fornecedores de saúde, os Hospitais. A Mayo Clinic fornecerá todas as informações e suas instalações para que a nova empresa possa colocar suas tecnologias em prática.

Por outro lado, não devemos esquecer que já existem algumas importantes empresas de softwares especializadas na área da saúde, que provavelmente irão resistir a essa estratégia GE – Microsoft.

Não espere que a Epic e a Cerner, nos EUA ou a MV e a SAP no Brasil, por exemplo, mudem seus negócios para desenvolver aplicativos da plataforma GE – Microsoft. Ou será que sim?

Vale a pena para os Hospitais usar o Google + ?

Adaptado por: Dr. Edgar Luna.

No Brasil, os hospitais vão se aderindo aos poucos às mídias sociais, não só para criar uma marca forte e compartilhar informações importantes de saúde, mas também para ser um verdadeiro canal de comunicação e uma ferramenta para ajudar nos processos.

Um bom exemplo é o Hospital Edmundo Vasconcelos, na capital paulista, que passou a disponibilizar no mês de outubro o agendamento de consultas por meio de sua página no Facebook. Segundo o gerente executivo de TI, Osmar Antônio dos Santos, em menos de um mês da iniciativa na rede social, o número de atendimentos pela internet dobrou. “Após a novidade, o número de pessoas que usa a internet para esse fim passou de 20% para 40% do total de agendamentos”.

E agora? Justamente quando os hospitais estão se adaptando a essas redes, uma nova chegou para quebrar o cenário, o Google +.

Primeiro chegou na sua versão beta, onde um convite era necessário para ingressar nesta nova rede social. Agora, Google + está disponível livremente para as massas, e como era previsto, por levar a marca Google, sua utilização aumentou 1.269%, catapultando-a ao top 10 das redes sociais. O número de usuários ainda é uma ninharia em comparação com o Facebook, mas pode se tornar um bom competidor.

Por que o Google + é diferente?

Existem algumas características no G + que são diferenciadas e até atraentes para os apaixonados por redes sociais.

Círculos: Você pode construir listas dentro de sua comunidade G+ e organizá-la de forma que seja mais útil para você. Isso significa que você pode compartilhar informações só com algumas comunidades. Para os hospitais, isso significa que poderiam ter círculos de mídia, para a população, para hospitais, fornecedores, etc.

Hangouts: Ponto de encontro na tradução livre. Ele permite ter vídeo conferências diretamente no G + com vários usuários. Para os hospitais, pode representar reuniões urgentes ou até mesmo entrevistas de forma rápida.

Facilidade em seguir uma discussão. Quando alguém comenta um post, os comentários aparecem diretamente abaixo dele, muito semelhante ao Facebook e ao contrário Twitter. Isso torna mais fácil de ver e compreender uma discussão.

Os hospitais vão investir em uma nova rede social?

O Google + possui ótimos recursos que seriam úteis para os hospitais e sua ampliação de mercado nas redes sociais. Porém construir uma nova rede, com conteúdo, para depois monitorar e interagir com seu público requer que se disponham recursos dedicados exclusivamente aos meios de comunicação social. A carga pode ser muito grande em termos da quantidade de tempo necessária para gerir outra rede social e o retorno é ainda imprevisível.

Fonte: http://www.hospitalimpact.org

5 grandes Problemas Hospitalares para Investir Melhor.

Por: Dr. Edgar Luna.

http://bronan.com/wp-content/uploads/2011/09/hospital-money-flow.jpgApesar da instabilidade dos mercados pela crise europeia e dos problemas que os Estados Unidos vêm enfrentando na sua economia, o Brasil é um dos seis maiores mercados mundiais em equipamentos e produtos médico-hospitalares.

Segundo a ABIMED, o mercado de equipamentos e produtos médico-hospitalares e de diagnósticos fechará 2011 com um crescimento estimado de 19%, atingindo um faturamento R$ 13,5 bilhões, superior à média de crescimento da economia brasileira, que ficará abaixo dos 4,5%. O setor registrou também uma expansão recorde no número de empregos, 6 mil novos postos de trabalho, duplicando dessa maneira as expectativas para o período.

Com todo esse otimismo e o crescimento do setor, ainda esse mercado, em parceria com as instituições de saúde, precisa investir melhor em 5 grandes problemas hospitalares, que por ano trazem bilhões de reais em prejuízos para os hospitais e operadoras de saúde, não só pelo próprio problema, mas também pelas consequências que provocam.

1. Reinternações: É um problema frequente nas instituições de saúde. Estudos recentes sugerem que as readmissões hospitalares são um indicador importante de qualidade assistencial por refletir o impacto dos cuidados hospitalares na condição do paciente após a alta.

2. Infecções hospitalares: Constituem um grave problema de saúde pública. Estão entre as principais causas de morbidade e letalidade e são responsáveis pelo aumento no tempo de hospitalização e, consequentemente, pelos elevados custos adicionais para o tratamento do paciente.

3. Cancelamento de consultas e exames: Quando os pacientes cancelam as consultas ou perdem exames porque não fizeram bem o preparo, o hospital perde receita, tempo e esforço, para encaixar novamente o paciente.

4. Acidentes de trabalho: principalmente com agulhas e objetos cortantes, representam o maior perigo para o pessoal de saúde e inclusive para os próprios pacientes. Esses acidentes têm grande impacto econômico devido à perda de mão-de-obra qualificada pelas lesões ocupacionais, bem como pelo dano irreparável à imagem da instituição hospitalar, caso os profissionais infectem os pacientes.

5. Erro médico: Principalmente o erro de medicação nos hospitais, é hoje, uma grande preocupação devido ao aumento de ocorrências e as altas taxas de morbidade e mortalidade em pacientes hospitalizados, além do impacto econômico nas instituições de saúde. As não conformidades em prescrição constituem um índice expressivo entre os erros de medicação e muitas vezes, estas ocorrências não são detectadas, resultando em deficiência na terapêutica.